20 agosto 2014

Dica de Filme: Autores Anônimos


Onde está a magia de um filme? Está no Oscar que ele ganhou ou foi indicado por? Ou nos atores/diretores renomados que fazem parte? Talvez nos câmeras que capturam a emoção? Na emoção que o filme passa? Não. Essa coisa, pois nem sei se podemos chamar de magia, que um filme trás pra nós e simplesmente ficamos desnorteados pela inspiração toda que consume a gente está nos nossos olhos, como enxergamos e interpretamos cada linha do filme.

Por que estou falando isso? Porque o filme que estou prestes a falar sobre não é nenhum futuro ganhador de Oscars (quem sabe?) ou possui atores, diretores e produtores de grande nome, mas é um filme que merece ser visto.


Sinopse: Em Anonymous Authors, Hannah (Kaley Cuoco, The Big Bang Theory) se junta a um grupo de escritores meio desajustados, cujos trabalhos nunca são publicados. Mas de alguma forma a nova integrante consegue fazer um sucesso tremendo da noite para o dia. Agora vamos ver se eles conseguem alcançar seus sonhos sem matar uns aos outros no processo.

Vamos explicar isso melhor: Está sendo feito um documentário desse grupo de escritores que sempre tem uma reunião para leitura dos trabalhos dos colegas e assim também tem o feedback, o que cada um pensou da ideia ou da escrita, pois esse é o objetivo, ajudar um ao outro. No meio disso, a escritora Hannah acaba conseguindo um agente e assim por diante ela vai evoluindo com seu livro que está pra ser publicado. A história parte daí mostrando como cada um dos outros reagem ao sucesso dela.

O melhor jeito de mostrar o ponto desse filme é falando sobre os personagens...

Alan & Colette Mooney

Interpretados por Dylan Walsh e Teri Polo, os personagens são casados provavelmente há algum tempo. Alan, o mais adorável de todos, é um oftalmologista e sua mulher é a escritora, mas ele também tem algumas ideias para livros que logo percebemos que são cópias, com exceção de uma que eu curti, rs. Ele criou o grupo para ajudar sua mulher.

Colette sendo a mais obcecada em ter sucesso como escritora vai mostrar o ponto em que a inveja pode chegar ao ver todo o sucesso de Hannah. Ela faz coisas simplesmente ridículas pra conseguir um agente até que finalmente abre a grande boca e fala como se sente em relação ao sucesso da “amiga” e chega até ser rude. Não seja uma Colette.

John K. Butzin

E o ator é o grande Dennis Farina, um momento de agradecimento por ele ter finalizado o filme antes de sua morte. Seu personagem é um amante de guerras, até me identifiquei com o que ele quer colocar em seus livros e a louca ideia de apresentar a Clint Eastwood para um possível filme. Até ai, tudo bem.

Mas quando Hannah comenta seu sucesso, John sente um pouco de inveja também, o que o faz procurar uma editora de auto publicação. Sendo assim, seu livro é lançado em torno de um mês, com problemas de edição de capa e divulgação, mas o que acho legal é o jeito que ele se mantém positivo mesmo com tudo isso.

William Bruce

Interpretado por Jonathan Bennet, eu gosto desse personagem especialmente por que ele foi o único que não se focou em correr atrás de um agente. William era apenas um cara inspirado que acreditava que para escrever algo bom tem que ser real, portanto ele tentava presenciar a realidade das outras pessoas, de modo intrusivo ás vezes, mas simplesmente pra ter uma ideia do que escrever.

Hannah Rinaldi


Nossa queridinha Kaley Cuoco dá vida ao grande sucesso do grupo! O que eu gosto nela? É que ela passa o que é necessário para viver bem: paixão. Não é um alto QI, uma faculdade no nome ou sair por ai incomodando os outros para que vejam seu trabalho mal feito. Quando você ta fazendo aquilo que gosta, o seu trabalho é bom.

No filme ela mostra que não lê livro algum, nem sabe quem são os autores famosos ou algo do tipo, mas como foi que ela escreveu o livro? O que estava dentro do coração dela, apenas. É uma menina com muita inspiração, está sempre sorrindo alegremente e acreditando nos outros. Aliás, ela era a única que mesmo com o sucesso se importava com as opiniões de seus colegas.

Foco. Outro ponto muito legal que ela deixou bem claro é focar no que você está trabalhando e não ter distrações. Talvez, tirando a inveja, esse foi o problema de todos os outros personagens. Um se importava com o livro virando filme, outra estava ocupada demais traindo o marido que tentava fazer tudo por ela e, o Henry...

Henry Obert

Chris Klein traz Henry para os telões com um jeito tímido e inteligente. Esse personagem realmente ama ler e escrever, mas estava distraído demais pensando na Hannah em todo o filme até que ela o magoa, o que fez bem a ele. Obert não teve inveja da Hannah, talvez se sentisse triste por ser rejeitado várias vezes como escritor, mas no fim ele percebe que o necessário é focar no que quer e ás vezes ter alguém que acredite em você.

Ele é quem traz a grande questão do filme, pois no final, alguém o pergunta sobre o que é este documentário sendo gravado...

Eu acredito que seja sobre as pessoas e quem elas são, como elas agem, qual a reação delas á certos acontecimentos... Temos Hannah que apenas deixava a vida seguir do jeito que era pra ser e não queria magoar os amigos com o sucesso dela que nem queria comentar sobre no grupo. Alguns se fingiam de felizes por ela, mas estavam morrendo de inveja. Outros que simplesmente precisavam entender o que realmente é necessário.

Por mim, esse filme merecia um Oscar. E você? Dá uma olhadinha e me diz! ;)

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