01 setembro 2014

Acorde! É Setembro...

A vida tem um jeito engraçado de ser. Úmida você se depara com parte do passado e tudo muda. E quando olha para frente, sente medo e até se apavora. Analisar o agora? Só se for para descobrir que já se foi, não existe mais. Não é a toa que "o futuro é o presente e o presente já passou" faz tanto sentido quando escutamos. Vivemos, mas vivemos por que existe um tempo.

O problema de se encontrar com o passado é como você o encara, pois são tantas memórias, mas também foram tantas possibilidades... O que aconteceu, mas o que poderia ter acontecido. O que foi dito, mas o que poderia ter sido melhor dizer. O que foi desenhado, mas o que parou o lápis. Onde fomos, mas onde poderíamos ter explorado mais. Como nos sentimos, mas como lidamos. Quem se conheceu, mas quem foi deixado de lado. Quem fomos, mas quem poderíamos ser agora. Tantas chances, tantos riscos, mas tantos medos. E aqui estamos fazendo do presente um clone do passado.

Rondamos a internet a procura de um escape, pelo menos eu. Do jeito que vejo, se por acaso encontramos a frase "um novo dia, uma nova chance" perdida virtualmente é como se estivesse saindo da tela e se transformando em palavras gritadas, é possível escutar um "saia daqui e faça melhor dessa vez", meu ouvido chega até doer de tanto sentido encontrado e a consciência pesa de tanta razão que não tem coragem de seguir.

Talvez não é o fato que o inocente nunca muda que importe, mas sim que felizmente não temos de viver inocentes para sempre. A vida é muito mais que se esconder durante um mês todo por mágoas, tristezas e medos, se trata de passar pelo verão, outono, inverno e primavera de olhos abertos dispostos aprender e crescer. Evolução. Então não, não espere setembro terminar para acordar, pois até essa mínima escolha é de grande destruição de si mesmo.

Se cada dia é uma chance, imagine um mês inteiro...

2 comentários: